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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

CPMF: Imposto pró-SUS ou apenas tapa-buraco do rombo no Orçamento?

Reportagem retirada do site http://www.brasilpost.com.br/2015/09/21/cpmf-rombo-saude_n_8167510.html

Anunciada inicialmente pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, como instrumento para evitar ‘barbárie’ no SUS, a CPMF teve seu destino alterado. De acordo com os ministros Joaquim Levy, da Fazenda, e Nelson Barbosa, do Planejamento, o novo tributo servirá para tampar o buraco da Previdência. Sem orçamento e previsão de novas fontes de financiamento, entidades de saúde reiteram posição de Chioro e afirmam que o sistema pode entrar em colapso.

Sem recurso, a saúde segue com crise no financiamento. O pleito pelo investimento de 10% da receita corrente bruta da União para o financiamento público da saúde parece cada vez mais distante. Todo trâmite que estava em curso para aumento da aplicação gradual do investimento está paralisado.Para a professora de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lígia Bahia, a impressão que ficou foi de que o tributo não tinha sido pensado como forma de investir na saúde e sim de salvar o orçamento deficitário.

“Nos parece que de fato nunca foi para a saúde que a CPMF foi criada e que também não seria dessa vez. A saúde fica mal porque os cortes representam literalmente escolhas de Sofia. O cenário é extremamente preocupante, o dólar elevado e a dependência do setor de importação de medicamentos, kits diagnósticos e equipamentos associada com restrição orçamentária provoca um racionamento no atendimento. Estaremos indo para trás, perderemos direitos conquistados se não nos opusemos firmemente contra o desmonte do SUS."

Entre os integrantes da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o entendimento é de que é preciso repensar a forma como gastar o que se arrecada. A entidade destaca que o SUS passa por um subfinanciamento crônico desde a sua criação e, na época em que o orçamento para o modelo deixou de ser da Seguridade e passou a ser definido pela Constituição Federal de 1988, a CPMF foi essencial para garantir um melhor financiamento.O problema é que a estimativa do Ministério da Saúde era de que o imposto rendesseR$ 80 bilhões. O recurso, porém, foi anunciado como mais R$ 32 bilhões, mas, para cobrir o déficit da Previdência.

No Ministério da Saúde, o sentimento foi de frustração quando os ministros afirmam que os recursos do novo tributo não seriam investidos na saúde, além do anúncio de que parte da verba do setor seria cortada. Para suprir os R$ 3,8 bilhõescortados da saúde, o governo aposta nas emendas parlamentares, carimbadas para a área.No fim de agosto, o ministro Arthur Chioro disse que o SUS só seria viável com a adição de mais recursos.

“A viabilidade do sistema único de saúde, do sistema público, universal e gratuito, passa por esse debate (da CPMF). E fora disso, é barbárie. Porque entregar os setores mais fragilizados da sociedade simplesmente à regra de mercado, a gente sabe o que vai dar.”

Orçamento de Investimentos e Financiamentos

Nesse post vamos falar sobre dois orçamentos específicos, o de Investimentos e o de Financiamentos. Para que possamos entender onde estes orçamentos estão inseridos é importante manter em mente que a base da segmentação do plano orçamentário segue a lógica da estrutura dos demonstrativos contábeis.

Orçamento de Investimentos

Este orçamento é diretamente ligado ao Ativo Permanente. Isso significa que essa peça orçamentária não se liga apenas com investimentos de curto prazo: investimentos necessários para suportar os projetos de investimentos em novos produtos, serão gastos efetuados no próximo período, mas que provavelmente serão para produtos e atividades a serem produzidas em exercícios futuros e que decorram de decisões passadas.
Logo, este orçamento compreende os investimentos dos planos operacionais já deflagrados no passado e em execução no período orçamentário. Em princípio, todos os elementos do ativo não circulante deverão ser atendidos por essa peça orçamentária.
A finalidade do Orçamento de investimentos tem uma finalidade específica de complementar o orçamento das depreciações por centro de custos, além de ser um dado natural para o orçamento de caixa.

Orçamento de Financiamentos

A finalidade desse orçamento é prever tudo o que for relacionado com a área de obtenção de fundos, os gastos para manutenção desses fundos e os pagamentos previstos.
O orçamento de financiamentos é composto pelas seguintes peças orçamentárias:
·         Orçamento de novos financiamentos ou fontes de fundos, suas despesas financeiras e desembolsos;
·         Orçamento das despesas financeiras e desembolsos já existentes;
·         Orçamento de outras despesas e receitas financeiras;
A coleta de informações apuradas é de extrema importância para a precisão deste orçamento. Basicamente, as informações necessárias consistem em tipo de financiamento e moeda de origem, indexador contratual, taxa de juros, spread e comissões bancárias e impostos incidentes.


Nos vemos no próximo post: Orçamento de Caixa!!

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Estados se apertam para equilibrar receita e despesa no Orçamento 2016

Reportagem de: Nathalia Passarinho, Fernanda Calgaro e Laís Alegretti.
http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/09/estados-se-apertam-para-equilibrar-receita-e-despesa-no-orcamento-2016.html

Para maioria, prazo para enviar projeto às assembléias é 30 de setembro.Governos cortam para evitar proposta com déficit, como a da União. Perto do fim do prazo para apresentar às assembleias legislativas os Orçamentos de 2016, governos estaduais fazem um último esforço de corte de despesas para evitar repetir o governo federal e serem obrigados a enviar uma proposta com déficit. 

Em 31 de agosto, pela primeira vez, o governo federal enviou ao Congresso Nacional uma proposta de orçamento para o ano seguinte com uma previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões. Isso foi o reconhecimento de que não teria dinheiro suficiente para cobrir todas as despesas de 2016. Diante da reação negativa – que incluiu a perda para o Brasil do grau de investimento atribuído pela agência Standard and Poor's – a presidente Dilma Rousseff decidiu enviar ao Congresso um pacote de medidas de corte de despesas e de aumento de impostos para converter o déficit em superávit.

Para a maioria dos governadores, o prazo final para entregar a proposta orçamentária é 30 de setembro. Alegando problemas financeiros e endividamento, governadores de oito estados estiveram na Câmara na semana passada para defender a proposta do governo de ressuscitar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Eles querem aumentar a alíquota de 0,2% sugerida pelo Palácio do Planalto – um dos pontos do pacote de medidas do governo federal – para 0,38%, a fim de que as receitas do tributo sejam compartilhadas com estados e municípios. Com a queda da arrecadação provocada pela crise financeira, as equipes econômicas dos estados relatam dificuldades para fechar a conta dos orçamentos do ano que vem.

Os governos de Pernambuco e Goiás, que ainda não enviaram suas propostas às assembleias, informaram ao G1 que ainda trabalham para elaborar um projeto com mais receitas que despesas. Já o estado de Roraima prevê um pequeno superávit – de 1% em relação às despesas.

Alagoas enviou o Orçamento à Assembleia Legislativa com déficit zero e superávit zero. De acordo com o governador Renan Filho (PMDB), o equilíbrio foi conquistado “com dificuldade”. A previsão é de que receitas e despesas alcancem R$ 8,4 bilhões.
“Nós estamos conseguindo fechar as contas com muitas dificuldades. É um orçamento equilibrado. Com muita dificuldade, mas equilibrado”, disse Renan Filho.

Na mesma situação, está o Mato Grosso, que prevê uma receita total de R$ 16,035 bilhões para 2016 e valor idêntico para despesas.
Com dificuldades de caixa, o governo do Distrito Federal também fez um esforço para enviar à Câmara Legislativa uma proposta orçamentária para 2016 equilibrada. A estimativa de receitas é de R$ 32,6 bilhões – o mesmo valor das despesas. No entanto, essa receita está condicionada à aprovação de projetos pelo Legislativo, incluindo o aumento de impostos, especialmente o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O secretário-adjunto de Planejamento, Renato Brown, explica que, caso algum projeto não passe na Câmara Legislativa, haverá corte adicional de gastos.

“Se não houver dinheiro para o investimento, a autorização para a despesa cairá automaticamente. Não será nada em área prioritária ou obrigatória”, afirmou Brown ao G1.

Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul enfrenta uma forte crise econômica e chegou a ter as contas bloqueadas por decisão da Justiça, para pagar dívidas com a União. O estado enviou à Assembleia Legislativa  proposta de Orçamento prevendo déficit de R$ 6,2 bilhões no ano que vem.

São Paulo e Rio

São Paulo e Rio de Janeiro ainda não definiram os orçamentos do ano que vem, mas o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) é um dos articuladores da volta da CPMF. Segundo ele, “todos os estados” precisam urgentemente de mais fontes de receita. O Rio busca equilibrar a proposta orçamentária, mas a previsão é de déficit. 


"Acho que dificilmente algum governador não precise desses recursos, tanto para a Previdência quanto para a saúde. E os municípios também precisam muito. Temos prefeituras fechadas. A gente quer ter essa chance. A Previdência é um gargalo de todos os governos estaduais", disse o peemedebista, após conversa com deputados na semana passada.

Orçamento de Despesas Gerais

O orçamento de Despesas Gerais é a terceira fase de elaboração das peças orçamentárias, sendo considerada a mais trabalhosa, pois consiste em elaborar ao menos uma peça orçamentária para cada setor da empresaa cargo de um responsável. Também, esse orçamento costuma englobar uma grande variedade de despesas, o que o torna mais complexo.

Para a sua elaboração, deve-se considerar os seguintes aspectos:

Orçamento seguindo a hierarquia estabelecida: a estruturação do orçamento dentro de um organograma facilita a análise dos gastos, a identificação dos setores e a sintetização dos orçamentos analíticos para as áreas, até atingir o orçamento geral da empresa.

Departamentalização: é o critério mais utilizado para estruturar o sistema de informação contábil orçamentário.

Orçamento para cada área de responsabilidade: o critério de departamentalização tem como objetivo encontrar o menor centro de custo da empresa, o que significa o menor nível de decisão e de responsabilidade sobre controle.

Custos Controláveis: segundo este conceito, para cada centro de custos deve-se orçar somente os custos que são gerenciados e controlados pelo responsável pelo centro de custos. Não existem custos não controláveis para uma empresa. Faz parte da accountablity, a qual representa a contabilidade por responsabilidade, em que cada gestor tem a reponsabilidade de prestar contas de seus atos e a obrigação de reportar os resultados obtidos.

Para as despesas de consumo comum e compartilhado, deve-se fazer o rateio? O rateio não é recomendado sob o conceito de accountability, pois se deve sempre orçar a despesa no centro do custo do gestor do gasto. Porém, se na contratação do serviço, o total do contrato foi negociado para serviços parciais, existindo claramente uma definição de valor para cada setor da empresa, nada impede a correta alocação da despesa aos seus centros de custos.

As empresas que adotarem o Orçamento por Atividades, baseado no Custeio ABC, devem ter suborçamentos por atividades dentro de cada centro de custos. Assim, cada atividade relevante deve ter seus gastos separados em peças orçamentárias, o que inclui a quantidade esperada de cada direcionador de custo da atividade.

Orçar cada despesa segundo a sua natureza e comportamento: cada despesa deve ser orçada de acordo com as suas características comportamentais. Devem-se analisar as despesas e detectar o seu comportamento, incluindo as variáveis-chave para criar uma base de dados e estimar comportamentos futuros. A mesma despesa pode ter comportamento diferenciado para centros de custos diferentes. A classificação tradicional para a análise do comportamento dos gastos é separa-los em despesas fixas e variáveis e custos fixos e variáveis, conforme apresentado a seguir.

Os custos fixos são custos de capacidade e medem os gastos necessários para a operação da fábrica e para comercialização em determinado nível de atividade. Podem ser classificados em comprometidos e discricionários. Os custos fixos comprometidos são aqueles ligados intrinsicamente à utilização de um parque fabril ou comercial, ou seja, são os gastos para manter a fábrica ou as vendas em operação. São custos inevitáveis, cujo valor tende a ser constante durante o exercício, independentemente do volume de produção ou vendas. Como exemplo, podem-se citar aluguéis de imóveis, contratos de manutenção e de arrendamento mercantil. Os custos fixos discricionários, por sua vez, são gastos que são administrados e podem ser alterados dependendo da dotação orçamentária anual.Esses gastos não são relacionados com o volume de produção, e por isso são considerados fixos, porém podem ser minimizados e, eventualmente, cancelados. Como exemplo, temos despesa de treinamento de pessoal e de publicidade e propaganda.

Custo variável é o custo que tem uma relação direta e proporcional com a produção ou venda. Entretanto, no caso em que a variação quantitativa não for totalmente proporcional, esse gasto é chamado de semivariável ou semifixo.  Como exemplos tradicionais de custos variáveis, temos o consumo de material direto e as comissões de vendas. Já, custos semivariáveis podem ser os gastos indiretos de fabricação, enquanto os semifixos são os gastos com telefonia e energia elétrica, por exemplo.

Um custo é estruturado quando ele tem uma variação em relação ao elemento sob o qual ele é estruturado ou ligado e é a causa de seu valor maior ou menor, como ocorre com as despesas de viagens relacionadas com a quantidade de vendedores, ou com despesas de cobrança e consultas de crédito. 

Normalmente, a experiência da empresa basta para a classificação dos seus custos parafins de orçamento.

Em relação às despesas, conforme já mencionado, devem ser associadas a centros de custos e podem fazer parte de quatro grupos, os quais são:

Mão de Obra Direta e Indireta: devem-se separar os gastos com mão de obra direta dos demais, que são os custos indiretos de fabricação. Isso se dá pelos primeiros serem variáveis, enquanto os segundos são absorvidos no custo unitário dos produtos, sem a necessidade de separação por centros de custos. O orçamento de mão de obra engloba as despesas de pessoal de toda a empresa e está ligado aos orçamentos de produção e vendas, baseado na capacidade. Pode ter maior ou menor detalhamento, dependendo da empresa. Neste orçamento é imprescindível informar o número de funcionários por centro de custos e as horas a serem trabalhadas.

Consumo de Materiais Indiretos: compreende o orçamento de materiais indiretos consumidos nas operações do departamento ou nas atividades, os quais podem ser indiretamente ligados aos produtos finais ou necessários para as atividades dos funcionários. Devem ser orçados por centro de custos, pois o seu consumo não é diretamente vinculado aos produtos e é acionado pelo responsável do departamento. Alguns exemplos são materiais auxiliares, combustível, material de escritório e expediente.

Despesas Gerais Departamentais:são as demais despesas de consumo dos centros de custos de acordo com o plano de contas da empresa. Cada uma dessas despesas deve ser orçada pelas suas características e comportamento. Dentre elas, temos energia elétrica, despesas de telecomunicações, fretes, seguros, despesas legais e serviços de autônomos.

Depreciações e amortizações departamentais: compreende as amortizações e depreciações dos bens e direitos à disposição dos centros de custos. Para o seu cálculo, utiliza-se o sistema de apoio de Controle Patrimonial. Ainda, existem os bens de uso comum ou sem responsabilidade departamental, como é o caso dos equipamentos utilizados diretamente nos produtos ou os bens e direitos controlados centralizadamente, cujo uso e a necessidade são distribuídos por todos os setores. Um exemplo deste segundo caso está atrelado à área de TI, que normalmente é centralizada, porém seus equipamentos de informática estão distribuídos entre as áreas da empresa, devendo sua depreciação ser calculada por rateio. Já, os bens em desuso ou disponíveis para venda têm sua depreciação calculada para fins fiscais.

Algumas maneiras de alocar as depreciações e amortizações no orçamento são com a criação de centros de custos específicos para elas e administrados pela Controladoria, aloca-las nos setores que centralizam a administração dos bens de uso comum, aloca-las nos setores que utilizam os bens distribuídos ou, ainda, em centros de custos de diretoria. Para o calculo da depreciação, devemos considerar o seu conceito, o qual pode ser perda de valor pelo uso e desgaste dos bens, incorporação do custo dos equipamentos imobilizados no custeio dos produtos, planejamento tributário, fonte de fundos ou incorporação no processo de analise do retorno do investimento. Sob o enfoque da Controladoria, o conceito mais adequado em termos econômicos é o de perda do potencial de serviços futuros que o bem pode trazer.

Premissas e levantamento de informações base:a construção de um conjunto de premissas para auxiliar no cálculo e na validação do orçamento é uma metodologia muito válida. Juntamente com estas premissas, deve-se construir uma base de dados com informações que sirvam como suporte ao orçamento. Quando da elaboração do plano orçamentário geral, é necessária a construção de premissas orçamentarias para nortear os passos seguintes do processo, as quais são elaboradas a partir do cenário conjuntural adotado pela empresa após a análise do ambiente.

Dentre as principais premissas para a elaboração do orçamento de despesas estão: painel de aumentos periódicos para as despesas orçadas, indicadores de correção de preços, fatores de ajustes em relação aos dados-base, dados percentuais para identificar sazonalidades e referenciais para cálculos posteriores. As premissas devem estar prontas antes do calculo das despesas, pois devem ser transmitidas aos gestores responsáveis, com o objetivo de manter a transparência e a participação no processo orçamentário. Quanto à base de dados, é ideal a sua preparação para orientar a elaboração de cada peça orçamentária de cada centro de custos. Devem ser inclusos dados e informações do passado, dados percentuais já conhecidos a serem aplicados nos valores orçados, dados das premissas gerais estabelecidas e dados já conhecidos para o próximo exercício.

Portanto, a consideração dos aspectos apresentados para a elaboração do orçamento de despesas gerais é relevante para torna-lo menos complexo e mais organizado. Também, garante que nenhuma peça orçamentária, tipo de custo ou despesa ficará de fora do orçamento ou será mal interpretado. Ainda, sugere a preparação de premissas e bases de dados antecedentes ao orçamento as melhores formas de se orçar as depreciações e amortizações, para que se tenha o orçamento mais realista e eficiente possível.




quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A gota d'água para a Economia Brasileira (The last straw for the Brazilian economy)





A proposta orçamentária deficitária para 2016 foi a gota d'água para o rebaixamento do grau de investimento, conforme reportagem do site Valor:

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixou a nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil de “BBB-” para “BB+”, com perspectiva negativa.

Essa nota coloca o Brasil em grau especulativo, ou “junk”. Ou seja, no critério dessa agência, o país perdeu o grau de investimento - uma espécie de selo de bom pagador - nesse tipo de obrigação.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

How to Set Up a Budget???


I think this video could save lifes ;)
don't you?

Algumas notícias importantes para você ficar ligado no que acontece no meio econômico mundial...

37,3% dos empresários do comércio estão com estoque acima do desejado Índice passou de 27,9% em julho para 37,3% em agosto, maior desde 2011.




http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/08/373-dos-empresarios-do-comercio-estao-com-estoque-acima-do-desejado.html


Controle do orçamento é importante em um cenário de forte alta do dólar



Orçamento de Materiais e Estoques

Um dos principais fatores para se criar um Orçamento de Materiais e Estoques é para poder operacionalizar os programas de produção e venda.

Os Aspectos Gerais do Orçamento de Materiais

O orçamento de materiais compreende quatro peças:

1 - CONSUMO de materiais;
2 - ESTOQUE de materiais;
3 - COMPRAS de materiais;
4 - saldo final mensal de CONTAS A PAGAR A FORNECEDORES.


Esse orçamento é o primeiro a ser feito, pois ele irá indicar o custo dos materiais que serão consumidos pelo programa de produção. O consumo de materiais está relacionado apenas a produtos em elaboração, visto que os produtos prontos para revenda possuem um estoque a parte para produtos acabados, assim o consumo de materiais está ligado diretamente com o programa de produção da empresa. 
O orçamento de estoque de materiais é decorrente da política de estocagem, politica essa que pode ser uma opção da empresa ou determinada por fatores externos a vontade da companhia. 
Após determinado esses dois orçamentos o orçamento de compras será a próxima etapa, as compras de materiais serão feitas no intuito de suprir as necessidades de consumo da estocagem, portanto o orçamento de compras, a principio, nunca será igual ao de consumo de materiais.
-> O orçamento de compras que irá determinar o orçamento do saldo final mensal de contas a apagar a fornecedores = Mais comum: criar um indicador médio de prazo de pagamento a fornecedores. 

Na execução desses orçamento não se pode esquecer os três fatores (informações) necessárias para isso, são elas:
  • Conhecimento da estrutura dos produtos;
  • Conhecimento dos lead times dos processos de produção, vendas e compras;
  • Conhecimento do tipo de demanda dos materiais.
Tipos de Materiais

Diretos: materiais intrinsecamente ligados à estrutura do produto como: matérias-primas básicas dos produtos finais e complementares, materiais de embalagem e etc...

Indiretos: materiais necessários para os processos fabril e comercial/administrativo como: materiais auxiliares, materiais para manutenção dos equipamentos e instalações, materiais de expediente e etc...


Estrutura dos Produtos

Este sistema é a base de informações para o orçamento de materiais, sendo que a estrutura de cada produto é elaborada pela engenharia de desenvolvimento ou engenharia de produtos. Compreende todos os materiais que formam o produto final, normalmente estruturado dentro do conceito de estruturação hierárquica de produto final, conjunto, subconjunto e partes. 
Quando os empreendimentos menores, com suas produções de produtos menos complexos essa estrutura provavelmente não ficará documentada e estruturada informacionalmente em sistemas especializados, essas informações ficarão, em tese, com os responsáveis do setor.

Lead Times -> Tempos de espera, ele permite identificar o deslocamento de tempo entre processos de compras e o de consumo de materiais.

Lead Times, MRP, Política de Estoques e Prazo Médio de Estocagem

O sistema MRP – Material Requirements Planning incorpora os lead times dos processos produtivos, indicando para os responsáveis pela fábrica quando os produtos devem ser fabricados, informando as quantidades e prazo de execução. Para o orçamento de compras muitas empresas estão adotando o critério de prazo médio de estocagem de materiais (é o giro de estoque em relação ao consumo de materiais, transformado em dias de consumo). Da mesma forma a política de estoque também pode ser expressa em dias.

Comportamento da Demanda dos Materiais - MRP

Se trabalha com dois conceitos básicos de demanda: 

Dependente: é a necessidade de materiais relacionada com a estrutura dos produtos; e
Independente: é a necessidade de materiais que não é atrelada diretamente com as estruturas de produtos.

MATERIAIS DIRETOS -> comportam-se: Demanda Dependente
MATERIAIS INDIRETOS -> comportam-se: Demanda Independente
                                                                          Demanda Dependente

Sistema de Custos e Custo de Materiais dos Produtos 
O grande usuário das informações da estrutura dos produtos é o sistema de custos.  A apuração do custo unitário dos produtos parte da estrutura do produto para obter os custo unitário dos materiais de cada produto. O custo dos materiais compreende as matérias-primas e os componentes adquiridos de terceiros.

Orçamento de Consumo de Materiais
São as seguintes estruturas informacionais básicas necessárias para o orçamento de consumo de materiais:
  • Orçamento do programa de produção;
  • Estrutura dos produtos constantes do programa de produção;Informações de demanda média dos materiais indiretos;
  • Preço de compra dos materiais constantes do sistema de suprimentos;
  • Política de estocagem.


Apuração do Custo Unitário de Materiais por Produto: A metodologia de cálculo a ser utilizada é manter o custo unitário com preços fixos em uma data-base, para depois, na elaboração do orçamento de consumo fazer uma indexação média, em virtude das eventuais variações de preços.

Impostos sobre Compras: Para início do orçamento de compras é necessário identificar os impostos sobre as entradas de materiais e serviços. Devido a especificidades de cada organização se indica o uso do conceito de alíquotas médias, obtidas através da escrituração fiscal.

Orçamento de Compras e Estoque de Materiais:
O orçamento de compras de materiais decorre:
  • Da política de estoque de materiais;
  • Do orçamento de consumo de materiais-líquido dos impostos;
  • Dos impostos incidentes sobre compras de materiais.

A metodologia ideal para mensuração dos estoques de materiais é: 
Identificar pelo MRP as quantidades que o sistema projeta como estoque final de cada item de matéria-prima, componente e material indireto;
Fazer projeção do preço médio sem impostos de cada material, tomando como base os dados do estoque inicial e os preços médios de compra orçados; 
Elaborar a mensuração de cada item pelo preço médio obtido acima.

Orçamento de Estoques de Produtos em Processo e Produtos Acabados:
Há um aumento da complexidade do cálculo da projeção desses dois estoques industriais, visto que envolvem o custo de fabricação, cujos dados provem do orçamento das despesas departamentais. Portanto faz-se necessários orçar os custos: 
  • Da produção;
  • Da produção acabada; 
  • Da produção inacabada (estoque em processo); 
  • Da produção vendida; 
  • Dos estoques de produtos acabados.