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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Às vésperas do plantio brasileiro, Estados Unidos preveem safra cheia

Esta reportagem foi retirada do site Midia News e pode ser consultada através do link: http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=4&cid=240236

A safra de soja norte-americana será maior que a prevista, apesar das previsões de que levantamento divulgado nesta quarta-feira (12/08) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) fosse baixista


A um mês do início do plantio, o Brasil vê seu principal concorrente no mercado internacional — e a soja é o principal produto de exportação brasileiro, mais importante que minério de ferro ou petróleo — avançando bem com lavouras em florescimento e frutificação.

Brasil - Mas o Brasil também tem a chance de produzir mais, chegando perto de 100 milhões de toneladas. E como a soja brasileira estará mais barata no mercado internacional, devido à desvalorização do real, o país poderá inclusive elevar as exportações da commodity entre 2015 e 2016. O próprio Usda elevou sua previsão sobre as exportações de soja do Brasil de 50,75 milhões de toneladas (divulgada em julho) para 54,50 milhões de t (agosto).

Milho - Para o milho brasileiro, que também está ficando mais barato pela “mágica do câmbio”, a previsão foi elevada de 23 milhões para 24 milhões de toneladas. Isso implica em recuo na estimativa para os embarques norte-americanos em 2015/16, que caiu de 48,31 milhões para 46,95 milhões de toneladas na soja e de 47,63 milhões para 46,99 milhões no milho.

Competição - Para justificar o corte, o Usda cita justamente a competição com países como Brasil e Argentina, que, por causa do câmbio, têm conseguido colocar seus grãos no mercado internacional a preços mais atrativos para os importadores. Por isso, as vendas da safra que os EUA se preparam para começar a colher dentro de um mês correm muito atrás do registrado um ano atrás, quando os compradores antecipavam os negócios diante da expectativa de uma oferta mais apertada.

Venda - Até o final de julho, os norte-americanos haviam acertado com importadores a venda de apenas 9 milhões de toneladas de soja e 4,6 milhões de toneladas de milho — quase metade do volume vendido nesta mesma época de 2014, segundo acompanhamento do próprio Usda. O Brasil, por outro lado, já teria negociados com compradores internacionais perto de 25 milhões de toneladas de soja, o equivalente a cerca de um quarto da safra que vai começar a semear no mês que vem — e que será colhida somente no início de 2016.

Soja - O Usda surpreendeu o mercado e projetou uma safra de soja maior para o país em 2015/16. Em novo relatório de oferta e demanda, divulgado hoje, o órgão sinalizou que a produção da oleaginosa norte-americana deve totalizar 106,5 milhões de toneladas, ante 105,7 milhões de toneladas projetados em julho. O índice também superou com muita folga as estimativas do mercado, que esperava retração para 101,2 milhões de toneladas.

Ajuste - O ajuste foi realizado com expectativa de aumento na produtividade das lavouras, já que a projeção de área plantada caiu de 34,6 milhões para 34,1 milhões de hectares. A maior redução foi verificada em Missouri, um dos três estados em que o órgão conduziu uma pesquisa extra no final do mês passado para reavaliar o impacto do clima excessivamente úmido na área de cultivo de soja.

Rendimentos recordes - Na avaliação do Usda, estados que não foram prejudicados pelo clima — como Arkansas, Geórgia, Michigan, Minnesota, Nebraska, Dakota do Sul e Virginia, segundo o relatório — devem ter rendimentos recordes em 2015, anulando possíveis perdas em localidades mais afetadas e puxando para cima a produtividade média nacional. A revisão dos números elevou também as projeções para os estoques norte-americanos, agora estimados em 12,8 milhões de toneladas. Para 2014/15, o USDA reduziu a sua estimativa de 6,9 milhões para 6,5 milhões de toneladas.

Impacto - A elevação dos números dos Estados Unidos impacta nas estimativas de produção mundial de soja. Espera-se uma oferta de 320 milhões de toneladas, ante 319 milhões de toneladas no cálculo anterior. Deste total, 97 milhões de toneladas virão do Brasil, enquanto a safra argentina deverá ficar em 57 milhões de toneladas. Apesar da produção maior, um consumo global mais aquecido deve reduzir os estoques de passagem mundiais em quase 5 milhões de toneladas na comparação com a estimativa de julho, para 86,9 milhões de toneladas.

Milho - O reajuste para cima também contempla o milho produzido nos Estados Unidos. Conforme o Usda, a produção do país chegará a 347,6 milhões de toneladas em 2015/16, superando as 343,7 milhões de toneladas previstas no mês passado. A área de cultivo foi mantida em 35,9 milhões de hectares, mas a produtividade foi elevada para 10,6 mil quilos por hectare.

Prejuízos - “Os produtores da porção leste do Corn Belt foram prejudicados pelo excesso de chuvas durante toda primavera e o início do verão, mas os demais estados do cinturão de produção de grãos experimentaram condições favoráveis que devem resultar em produtividade recordes em vários estados, incluindo Iowa, Michigan, Minnesota, Nebraska, Dakota do Sul e Wisconsin”, explicou o órgão em comunicado divulgado à imprensa.

Projeção - O reajuste não impediu redução na projeção da oferta global do cereal, agora calculada pelo Usda em 985,6 milhões de toneladas, contra 987,1 milhões de toneladas em julho. O Brasil teve a estimativa elevada de 77 milhões de toneladas para 79 milhões de toneladas. A China deverá produzir 225 milhões de toneladas, ou quatro milhões de toneladas a menos em relação ao estimado em julho. A safra da Argentina foi mantida em 25 milhões de toneladas.

Estoques de passagem - Com produção maior, os estoques de passagem mundiais foram reajustados para 195,1 milhões de toneladas, com forte incremento ante as 189,9 milhões de toneladas previstas no mês passado. O mercado esperava um número próximo de 188,7 milhões de toneladas.

Repetição - Para 2014/15 o Usda repetiu a projeção de safra de 361,09 milhões de toneladas. Ainda assim, a projeção para o Brasil foi elevada de 82 milhões de toneladas, para 84 milhões de toneladas.

Metodologia - Para compilar os números do relatório divulgado hoje – o primeiro da temporada de usar dados de pesquisa de campo e análise de lavouras – o Usda entrevistou aproximadamente 23 mil produtores em todo o país e realizou visitas a campo e análises laboratoriais de amostras colhidas nos principais estados produtores que representam cerca de 75% da produção norte-americana. O intervalo de confiança da pesquisa é de 90%, com margem de erro de 11,5% para a soja e de 7,5% no milho.

Mercado - Como reflexo do relatório a soja registrou queda expressiva na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), chegando a cair mais de 7% minutos após a revisão dos números. Às 13h45, a posição agosto recuava 5,92%, sendo cotada a US$ 9,59 por bushel. O milho cai 4,51% no vencimento setembro/2015, valendo US$ 3,59 por bushel.

Ponto-chave do Orçamento Operacional

ORÇAMENTO DE VENDAS E PRODUÇÃO


O ponto-chave do orçamento operacional é o orçamento de vendas, o qual, na realidade, é o ponto de partida de todo o processo de elaboração das peças orçamentárias.


ASPECTOS GERAIS DO ORÇAMENTO DE VENDAS: previsão das vendas em quantidades para cada produto; previsão dos preços para os produtos e seus mercados; identificação dos impostos sobre vendas; orçamento de vendas em moeda corrente do país.


Dificuldades na previsão de vendas: a etapa inicial do orçamento de vendas é a determinação das quantidades a serem vendidas. Isso acontece pela natural imprevisibilidade das situações conjunturais da economia e sazonalidades. A leitura do ambiente e a construção de cenários devem permitir condições de estabelecer probabilidades de acontecimento. Além disso, a empresa possui um conjunto de conhecimentos sobre o comportamento de seus produtos.

Previsão de vendas

Existem pelo menos três formas de previsão:

1.   Estatísticos = modelos estatísticos de correlação e análise setorial, via recursos computacionais, ou mesmo métodos estatísticos de análise de tendências;
2.   Coleta de dados das fontes de origens das vendas = o orçamento de quantidades de vendas terá como base as informações vindas diretamente dos centros vendedores (vendedor, filial, ponto de venda de varejo, franqueada);
3.   Uso final do produto = saber o que os seus clientes vão vender, pelo conhecimento dos programas de produção deles.
                                                                                         

ASPECTOS GERAIS DO ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO: decorrente do orçamento de vendas. É um orçamento quantitativo. A produção em quantidade dos produtos a serem fabricados é fundamental para a programação operacional, e dele decorre o orçamento de consumo e compra de materiais diretos e indiretos, bem como é base de trabalho para os orçamentos de capacidade e logística. Nesse orçamento dois dados são importantes:

  • Orçamento de vendas em quantidades por produtos;
  • Política de estocagem de produtos acabados.


Com esses dados mais os das atuais quantidades em estoque de produtos acabados, conclui-se o orçamento de produção. A diferença entre a quantidade vendida e a ser produzida decorre da quantidade dos produtos acabados. Empresas com venda imediata o orçamento de produção é igual ao de vendas em quantidades.

Política de estocagem: para muitas empresas, ter estoque de produtos acabados é estratégico, pois a empresa possui sempre á mão produtos para pronto atendimento ao cliente.

Produção contínua: empresas com produção contínua devem incorporar, se necessário, ao orçamento de produção, por meio do estoque final, as unidades de produção inacabadas.

ASPECTOS GERAIS DO ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA: as quantidades de venda e produção é que determinam o nível de atividade da empresa. O subsistema Físico-Operacional é estruturado para determinados níveis de atividade.

Recursos com restrições: recursos que restringirão a programação operacional deverão ter sua capacidade ajustada ao novo nível de atividade desejada e, para isso, investimentos e contratações deverão ser feitos e incorporados no programa orçamentário.

Orçamento de capacidade: este orçamento trabalho com três grandes áreas (equipamentos e instalações; mão de obra direta; impacto nos setores de apoio).

Orçamento de logística: este orçamento está ligado principalmente ás questões, quantitativas e qualitativas, de suprimento de materiais, transporte, movimentação interna dos materiais, armazenamento, embalagens, comercialização e distribuição. A base para a análise logística está no volume de produção e venda. Os serviços ligados á logística, em grande parte, são terceirizados, por isso, há a necessidade do desenvolvimento do conceito de parceria.

RESPONSABILIDADE DE ELABORAÇÃO: a elaboração dos estudos e orçamentos de capacidade de produção e logística deve ser dos setores responsáveis por tais atividades. O setor de Controladoria participa como órgão de apoio e supridor das informações-chave.

PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura, aplicação. 3. Ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

“ORÇAR OU NÃO....EIS A QUESTÃO”?


            No mundo dos negócios se escuta muito que as empresas devem ser inovadoras, devem pensar no futuro, devem chamar a atenção do público, devem ter uma política de ação social.... . Nenhuma dessas “requisições” está equivocada, mas para que seja possível cumprir com qualidade tudo o que a empresa se propõem é importante a utilização de um Plano Orçamentário realizado de forma alinhada ao Planejamento Estratégico da empresa.  
            Conceitualmente, tem-se que o orçamento “nada mais é do que colocar na frente aquilo que está acontecendo hoje” (PADOVEZE, 2012, p. 199). A partir dessa definição pode-se auferir que o Plano Orçamentário não é uma ferramenta que deve ser utilizada SOMENTE por grandes empresas!!! Lembrem-se que o exercício de “olhar” para o futuro é importante para o planejamento de toda empresa e indivíduo. Sim, indivíduo também! Portanto, nesse primeiro post vamos abordar um pouco mais sobre a temática do orçamento de forma simples e objetiva para que você possa se inteirar do que é um Plano Orçamentário.

Qual o objetivo do orçamento?
            Segundo Padoveze (2012, p. 199), o ponto fundamental do orçamento é “estabelecer e coordenar objetivos para todas as áreas da empresa, de forma tal que todos trabalhem sinergicamente em busca dos planos de lucros”. Nesse sentido, compreende-se que o processo orçamentário não deve ser ditatorial, mas ser um processo integrativo de forma a possibilitar a participação de toda a organização com responsabilidade orçamentária. Ressalta-se que podem surgir possíveis conflitos na elaboração do Plano Orçamentário, sendo esses solucionados pelo controller e administração da empresa com base na missão e objetivos da empresa.

Vantagens e Desvantagens
Desvantagens:
- Orçamento engessa em demasia a empresa
- Extrema dificuldade de obtenção dos dados
- Tempo gasto para elaboração do Plano Orçamentário
- Custo

Vantagens:
- Melhor estrutura para julgamento (tomada de decisão)
- Auxilia a entidade a agir em conformidade com sua missão e objetivos
- Auxilia no controle interno
- Auxilia na motivação dos colaboradores
- Produz padrões de performance
- Apoio gerencial e administrativo

Conceitos de Orçamento
            Os principais conceitos que dão fundamento para o processo de execução de Plano Orçamentário é o Orçamento de Tendência e o Orçamento Base Zero. No primeiro, utiliza-se dados passados para projeções futuras. Enquanto no segundo busca-se o rompimento com o passado e, portanto, as projeções devem ser iniciadas do zero.

Tipos de Orçamento
            Basicamente existem dois grandes pilares que são o Orçamento Estático e o Orçamento Flexível. A partir dessas duas linhas derivam os outros tipos de orçamento. Sendo assim, o Orçamento Estático refere-se a situação quando não é possível ser realizada alterações nas peças orçamentárias, enquanto o Orçamento Flexível pode ser ajustado a qualquer nível de atividade.

Processo de Elaboração:
            Em termos gerais o processo de elaboração de um Plano Orçamentário passa pelas seguintes fases:
            - Previsão
            - Reprojeção
            - Controle
            Sendo assim, segundo Padoveze (2012, p. 209) um modelo participativo de processo orçamentário poderia conter as seguintes etapas:
ETAPA 1 – Preparação das peças orçamentárias
ETAPA 2 – Revisão das peças recebidas
ETAPA 3 – Discussão com os responsáveis
ETAPA 4 – Análise para aprovação
ETAPA 5 – Retorno das peças orçamentárias com as sugestões e determinações do comitê
ETAPA 6 – Ajuste das sugestões e determinações do comitê
ETAPA 7 – Análise final para a aprovação
ETAPA 8 – Conclusão das peças orçamentárias
ETAPA 9 – Elaboração do orçamento geral e Projeções dos Demonstrativos Contábeis
ETAPA 10 – Controle Orçamentário
ETAPA 11 – Reporte das Variações


            Dessa forma, é possível observar que o Plano Orçamentário quando bem executado e planejado trará para a empresa um alinhamento estratégico maior, possibilitando uma melhor tomada de decisão. Sendo assim, deixamos a você, leitor, uma pergunta final depois de você ter lido e conhecido um pouco mais sobre o orçamento.
ORÇAR OU NÃO ORÇAR?



PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura, aplicação. 3. Ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

A TAL DA CONTABILIDADE...

Aqui vai um breve resumo sobre essa fantástica área de estudo e de trabalho, leia e aproveite =D

Contabilidade é a ciência que tem por objetivo o estudo das variações quantitativas e qualitativas ocorridas no Patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações) das entidades. Através dela é fornecido o máximo de informações úteis para as tomadas de decisões, tanto dentro quanto fora da empresa, estudando, interpretando, registrando e controlando o Patrimônio.


Todas as movimentações existentes no patrimônio de uma entidade são registradas pela Contabilidade, que resume os fatos em forma de relatórios e entrega-os aos interessados em saber como está indo a situação da empresa. É através destes relatórios que são analisados os resultados alcançados e a partir daí são tomadas decisões em relação aos acontecimentos futuros. Sendo assim, a Contabilidade é a responsável pela escrituração (registro em livros próprios) e apuração destes resultados e é só através dela que há condições para se apurar o lucro ou prejuízo em determinado período.